A globalização é entendida como a integração econômica, social, cultural e política das relações socioespaciais em escala mundial, sendo um dos termos mais frequentemente empregados para descrever a atual conjuntura do sistema capitalista e sua consolidação no mundo. É preciso estudar e compreender tal conceito para assim perceber, analisar e agir conforme seus impactos sobre o mundo. Visto tal necessidade, surgiram encontros internacionais que buscam debater e estabelecer propostas e diretrizes acerca de tal situação.
No ano de 1971, surgiu o Fórum Econômico Mundial, criado por Klaus M. Schwab, então Professor de política empresarial na Universidade de Genebra. Trata-se de uma organização localizada em Genebra, na Suíça, responsável pela organização de encontros anuais com a participação e colaboração das maiores e principais empresas do mundo. Os encontros são realizados, em sua maioria, na cidade suíça de Davos e, em razão disso, também são conhecidos como Fórum de Davos, reunindo os principais líderes empresariais e políticos, assim como intelectuais e jornalistas selecionados para discutir as questões mais urgentes enfrentadas mundialmente, incluindo saúde e meio-ambiente.
Segundo os próprios organizadores, o principal objetivo do Fórum Econômico Mundial é “melhorar a situação do mundo”, através de ações tomadas e executadas por líderes mundiais, grandes economistas, investidores e empresários. Os membros componentes do FEM priorizam a irreversibilidade da globalização, de forma que é preciso estudar e compreender os seus impactos sobre o mundo, de forma a minimizar os efeitos negativos e potencializar os seus pontos positivos.
O Fórum de Davos já foi diversas vezes utilizado como plataforma neutra para estabelecimento de relações diplomáticas e realização de pactos e acordos. A "Declaração de Davos" foi assinada em 1988 pela Grécia e Turquia que estavam prestes a entrar em guerra. Em 1992, o Presidente Sul-Africano, Frederik Willem de Klerk se reuniu com Nelson Mandela e o Chefe Mangosuthu Buthelezi durante a Reunião Anual, para sua primeira aparição conjunta fora da África do Sul. Durante a Reunião Anual de 1994, o Ministro de relações exteriores Israelense, Shimon Peres e o Líder da OLP, Yasser Arafat chegaram a um acordo sobre Gaza e Jericó. Em 2008, Bill Gates foi o orador principal em uma palestra sobre o “Capitalismo Criativo”, a forma de capitalismo que funciona tanto para gerar lucro, como para resolver injustiças no mundo, usando as forças do mercado para suprir melhor as necessidades dos pobres.
No final dos anos 1990, o fórum sofreu fortes críticas de ativistas antiglobalização que alegam que o capitalismo e a globalização estão aumentando a pobreza e destruindo o meio-ambiente. A Reunião Anual foi descrita como uma "mistura de pompa e banalidade" e criticada por se afastar de assuntos econômicos sérios e obter poucos resultados, particularmente com o envolvimento de ONGs que tem pouca experiência, ou nenhuma experiência, com assuntos econômicos. Ao invés de uma discussão sobre a economia mundial com especialistas reconhecidos nos negócios principais e representantes políticos, a reunião em Davos agora foca causas políticas em destaque na mídia. Como consequência dessas críticas, a reunião foi alvo de diversos protestos, que vêm aumentando significativamente desde o final do século XX e início do século XXI, promovidos majoritariamente por ativistas e militantes de movimentos sociais de esquerda e antiglobalização.
Analogamente ao Fórum de Davos, surgiu em 2001, o Fórum Social Mundial, que é um encontro anual internacional que é articulado por ONGs e movimentos sociais de muitos continentes, com o objetivo de elaborar alternativas para uma transformação social global, discutir e lutar contra o neoliberalismo, o imperialismo e, sobretudo, contra desigualdades sociais provocadas pela Globalização. É caracterizado por ser não governamental e apartidário, apesar de alguns partidos e correntes partidárias participarem ativamente dos debates e discussões. Em sua carta de princípios, os membros ressaltaram a certeza de que “um outro mundo é possível”, o que representa a crença na reversibilidade do processo de Globalização. Salientou-se também o caráter mundial dos encontros, a contraposição dos debates ao atual modelo econômico capitalista, bem como os princípios e regimentos dos encontros.
É importante mencionar que o Fórum não se opõe ao movimento globalizador, mas propõe uma globalização tecida por interesses e responsabilidades mútuas, na qual todos têm seus interesses preservados e são interdependentes, algo como uma imensa teia de obrigações recíprocas e de direitos igualmente respeitados, principalmente os da própria Natureza. É assim que seus integrantes e o criador deste evento, o empresário israelense naturalizado brasileiro, Oded Grajew, do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, imaginam o Fórum, como um meio essencial para promover a mudança do Globo. Daí seu slogan: Um outro mundo é possível.
Os dois primeiros foram realizados em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A partir de então decidiu-se que seria itinerante (Itinerante é um termo com origem no latim cujo significado está relacionado com o ato de se deslocar constantemente, de percorrer itinerários) devendo ser sediado em várias cidades diferentes a cada ano. Em 2006 foi policêntrico (Caracas, Karacki e Bamako) e em 2008 foi descentralizado. Em 2007 foi na África, durante os dias 20 e 25 de janeiro em Nairóbi (Quênia) e em 2009, aconteceu em Belém do Pará.
O Fórum Social Mundial se tornou o principal meio de combate ao Neoliberalismo e está em busca de um processo globalizante “saudável” a todas as nações. Porém, o processo de globalização e todos os ideais pelo qual esse fórum visa combater, tem uma capacidade de se reinventar rapidamente, da forma que assumidamente o Neoliberalismo tem se demonstrado como uma ideologia falha, inclusive por pessoas de importância para o seu espraiamento ao redor do mundo como recentemente Christine Lagarde, que comanda o FMI, afirmou. Por outro lado, o Fórum Social Mundial se encontra numa etapa difícil de acompanhar essa renovação para enfrentar o processo, propor soluções e diretrizes em seus encontros, por meio de ações coletivas. Pois, até então, quase que se resume a debates sobre as temáticas, sem uma ação da sociedade civil e se tornando uma incubadora de iniciativas que dali saiam de forma encaminhada para efetivamente mudar a sociedade, em busca dos Mundo pelo qual o Fórum se propõe.
REFERÊNCIAS
http://www.revistaforum.com.br/digital/144/forum-social-mundial-o-outro-mundo-ainda-e-possivel/
http://diplomatique.org.br/a-atualidade-do-forum-social-mundial/
segunda-feira, 12 de junho de 2017
domingo, 4 de junho de 2017
O Outro Lado da Moeda
Em cada continente, houve um processo de desenvolvimento diferente. Tal premissa é 100% verdadeira quando se volta ao passado e percebe-se que o processo histórico foi muito mais a favor de uns, e lamentavelmente em sentido contrario a outros, o que trouxe consequências que podem ser enxergadas de maneira fácil em âmbitos sociais e econômicos até os dias atuais. Entretanto, apesar da disparidade existente entre as regiões geográficas, pode-se notar uma evolução no aspecto de integração entre países de uma mesma plataforma continental, questão muito recorrente a partir de meados do século XX. Como medida de aprendizado, é interessante verificar o curso do crescimento socioeconômico e unificador de lugares com níveis de desenvolvimento completamente extremos, e o melhor exemplo para retratar essa situação são os continentes europeus e africanos.
A Europa sempre possuiu a imagem de um continente bem desenvolvido, sendo considerado o berço da cultura ocidental na qual sempre apresentou um papel de destaque no cenário mundial. Embora seja referencia para muitos assuntos, essa sempre esteve envolvida em conflitos entre seus países membros, havendo assim relatos de diversas guerras devastadoras, sendo a ultima delas a Segunda Guerra Mundial responsável pela morte de mais de 50 milhões de pessoas. Posteriormente a pior conflagração já vista, o continente encontrava-se completamente destruído.
Após o término da Segunda Grande Guerra, os países europeus se viram frente a uma situação que deixou a Europa politica e economicamente devastada. Diante desse cenário, políticas para a integralização do fragilizado continente tiveram que ser tomadas. Uma maneira de se iniciar uma até então possível reconstrução foi à assinatura do Tratado de Roma o qual tinha como objetivos a construção de um mercado comum, a adoção de políticas comuns, a instituição de um Banco Europeu de Investimento, progresso e melhores condições de vida, dentre outros. Outro tratado importante para a continuidade da integralização europeia foi o Ato Único Europeu, que permitiu o surgimento do mercado único interior o qual significa a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capital, somado a isso houve a questão da ampliação dos limites de integração, aumentando assim o número de países membros da Comunidade Europeia. O Tratado de Maastricht assinado em 1992 foi responsável pela criação da União Europeia, e pela adoção de mais uma medida integralizadora, que foi a criação de uma moeda única para o continente, o euro. A constituição Europeia, também conhecida como Segundo Tratado de Roma de 2004 foi criada basicamente com o objetivo de estabelecer uma constituição para a União Europeia para buscar formação de uma Ordem Jurídica Comunitária que se sobreponha às ordens jurídicas nacionais, já que o direito público e privado europeu ainda vigente deriva de três correntes jurídicas as quais são legadas pelo Direito Germânico, Romano-Canônico e Bizantino-Eslavo impedindo o processo de integralização por conta de tamanha diversidade.
Diferentemente do processo histórico europeu, a África possui uma trajetória marcada por forte exploração e colonização, por conta disso é um continente com características socioeconômicas completamente distintas da Europa. Por esse motivo deve-se procurar entender as etapas de integralização africana ocorridas a partir do século XX para poder entender como um continente tão abusado conseguiu aos poucos se integralizar mesmo com muitas dificuldades.
Como dito anteriormente, o continente Africano sofreu com intensa exploração. Isso se deve, pois, na segunda revolução industrial muitos países europeus necessitavam de mercado, e como as colônias americanas conseguiram sua independência, as nações europeias encontraram uma solução para seu ‘’problema’’ voltando a impor seu sistema neocolonial. Por conseguinte África e Ásia são as principais vítimas.
O ápice do imperialismo africano aconteceu quando foi acordado na Conferencia de Berlim que o continente seria dividido entre 16 nações, formando assim 50 estados dentro dessa. O ponto chave para essa questão foram às divisões não serem respeitadas de acordo com as divisões étnicas tradicionais que existiam, o que gerou impactos negativos os quais se perduram até os dias atuais.
Todavia, começou-se a surgir um processo de descolonização. Isso porque, a população estava cansada de viver em uma situação com péssima qualidade de vida, por conta disso aproveitou-se o enfraquecimento do continente europeu por conta das duas guerras mundiais que enfrentaram e começou-se a nascerem movimentos por independência em todas as partes do continente, causando conflitos em diversos territórios. Com o aumento cada vez maior desses processos, durante a década de 1960 muitos países europeus concederam de maneira pacífica a independência a diversas colônias.
No meio ao encadeamento da independência dos países africanos, a ideologia do Pan- Africanismo chegou de maneira contundente ao continente tempo depois de ter sido criada por seleto grupo de africanos com formação no ensino superior nas metrópoles europeias e Estados Unidos no final do século XIX, na qual objetivou que os próprios negros se entendessem como um povo. Tal doutrina esteve muito entrelaçada ao sentimento nacionalista, pois serviu como base na luta pela independência do continente, além de propor o reagrupamento de etnias, a defesa dos direitos, a valorização de cultos aos ancestrais e a ampliação do uso de línguas e dialetos africanos.
Ao avançar do tempo, foram sendo criados temas para que o continente estivesse cada vez mais integralizado. O próximo passo importante foi à fundação em 1958 da Comissão Econômica das Nações Unidas da África, sob direção da ONU. Ela apoiava o desenvolvimento socioeconômico africano. Incentiva a integração regional e promove a cooperação internacional para o desenvolvimento africano.
Em 1963 o imperador etíope Addis Ababa criou a Organização da Unidade Africana, importante medida de tentativa de união entre as nações da África. A constituição do órgão foi assinada por 32 países africanos independentes. Basicamente objetivava a busca por promover a unidade e solidariedade entre os estados africanos, coordenação e intensificação quanto à cooperação entre os estados africanos, em busca de poder conceber uma qualidade de vida muito melhor para os povos de África, realizar a defesa da soberania, integrar o território e independência dos estados africanos, eliminar todas as formas de colonialismo da África, dentre outros. Apesar de bem intencionado, a OUA não conseguiu ser eficiente em seus objetivos, soma-se o fato do não contimento dos conflitos que atingiam o continente.
A União Africana é a atual organização internacional existente. Fundada em 2002, substituiu a OUA. É baseado no modelo da União Europeia. Tem atuado na mediação e prevenção de conflitos, defende a democracia no continente, promove o desenvolvimento econômico e rejeita mudanças inconstitucionais de governos. O organismo defende a eliminação do colonialismo e a soberania dos Estados africanos. No âmbito econômico promove a integração regional como forma de desenvolvimento econômico, objetivando completa rede econômica de todos os países. A UA procura sempre usar as línguas existentes do continente em trabalhos divulgados como forma de incentivo cultural. Atualmente 54 países fazem parte da organização.
Apesar de ambos os continentes possuírem seu processo de integração, como dito anteriormente cada um esta em um extremo desenvolvimentista. Europa, continente que começa a se integralizar por questões de conflito interno para ver qual seria a nação mais poderosa com o tempo se firma no cenário socioeconômico, e África, continente vizinho que sempre sofreu por conta do processo exploratório e colonizador, busca amenizar sequelas, já que a maioria será difícil de ser revertida, através da integração entre as nações. Portanto, é sempre bom refletir, existiria uma política mais eficiente para uma integralização humanitária e econômica?
A Europa sempre possuiu a imagem de um continente bem desenvolvido, sendo considerado o berço da cultura ocidental na qual sempre apresentou um papel de destaque no cenário mundial. Embora seja referencia para muitos assuntos, essa sempre esteve envolvida em conflitos entre seus países membros, havendo assim relatos de diversas guerras devastadoras, sendo a ultima delas a Segunda Guerra Mundial responsável pela morte de mais de 50 milhões de pessoas. Posteriormente a pior conflagração já vista, o continente encontrava-se completamente destruído.
Após o término da Segunda Grande Guerra, os países europeus se viram frente a uma situação que deixou a Europa politica e economicamente devastada. Diante desse cenário, políticas para a integralização do fragilizado continente tiveram que ser tomadas. Uma maneira de se iniciar uma até então possível reconstrução foi à assinatura do Tratado de Roma o qual tinha como objetivos a construção de um mercado comum, a adoção de políticas comuns, a instituição de um Banco Europeu de Investimento, progresso e melhores condições de vida, dentre outros. Outro tratado importante para a continuidade da integralização europeia foi o Ato Único Europeu, que permitiu o surgimento do mercado único interior o qual significa a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capital, somado a isso houve a questão da ampliação dos limites de integração, aumentando assim o número de países membros da Comunidade Europeia. O Tratado de Maastricht assinado em 1992 foi responsável pela criação da União Europeia, e pela adoção de mais uma medida integralizadora, que foi a criação de uma moeda única para o continente, o euro. A constituição Europeia, também conhecida como Segundo Tratado de Roma de 2004 foi criada basicamente com o objetivo de estabelecer uma constituição para a União Europeia para buscar formação de uma Ordem Jurídica Comunitária que se sobreponha às ordens jurídicas nacionais, já que o direito público e privado europeu ainda vigente deriva de três correntes jurídicas as quais são legadas pelo Direito Germânico, Romano-Canônico e Bizantino-Eslavo impedindo o processo de integralização por conta de tamanha diversidade.
Diferentemente do processo histórico europeu, a África possui uma trajetória marcada por forte exploração e colonização, por conta disso é um continente com características socioeconômicas completamente distintas da Europa. Por esse motivo deve-se procurar entender as etapas de integralização africana ocorridas a partir do século XX para poder entender como um continente tão abusado conseguiu aos poucos se integralizar mesmo com muitas dificuldades.
Como dito anteriormente, o continente Africano sofreu com intensa exploração. Isso se deve, pois, na segunda revolução industrial muitos países europeus necessitavam de mercado, e como as colônias americanas conseguiram sua independência, as nações europeias encontraram uma solução para seu ‘’problema’’ voltando a impor seu sistema neocolonial. Por conseguinte África e Ásia são as principais vítimas.
O ápice do imperialismo africano aconteceu quando foi acordado na Conferencia de Berlim que o continente seria dividido entre 16 nações, formando assim 50 estados dentro dessa. O ponto chave para essa questão foram às divisões não serem respeitadas de acordo com as divisões étnicas tradicionais que existiam, o que gerou impactos negativos os quais se perduram até os dias atuais.
Todavia, começou-se a surgir um processo de descolonização. Isso porque, a população estava cansada de viver em uma situação com péssima qualidade de vida, por conta disso aproveitou-se o enfraquecimento do continente europeu por conta das duas guerras mundiais que enfrentaram e começou-se a nascerem movimentos por independência em todas as partes do continente, causando conflitos em diversos territórios. Com o aumento cada vez maior desses processos, durante a década de 1960 muitos países europeus concederam de maneira pacífica a independência a diversas colônias.
No meio ao encadeamento da independência dos países africanos, a ideologia do Pan- Africanismo chegou de maneira contundente ao continente tempo depois de ter sido criada por seleto grupo de africanos com formação no ensino superior nas metrópoles europeias e Estados Unidos no final do século XIX, na qual objetivou que os próprios negros se entendessem como um povo. Tal doutrina esteve muito entrelaçada ao sentimento nacionalista, pois serviu como base na luta pela independência do continente, além de propor o reagrupamento de etnias, a defesa dos direitos, a valorização de cultos aos ancestrais e a ampliação do uso de línguas e dialetos africanos.
Ao avançar do tempo, foram sendo criados temas para que o continente estivesse cada vez mais integralizado. O próximo passo importante foi à fundação em 1958 da Comissão Econômica das Nações Unidas da África, sob direção da ONU. Ela apoiava o desenvolvimento socioeconômico africano. Incentiva a integração regional e promove a cooperação internacional para o desenvolvimento africano.
Em 1963 o imperador etíope Addis Ababa criou a Organização da Unidade Africana, importante medida de tentativa de união entre as nações da África. A constituição do órgão foi assinada por 32 países africanos independentes. Basicamente objetivava a busca por promover a unidade e solidariedade entre os estados africanos, coordenação e intensificação quanto à cooperação entre os estados africanos, em busca de poder conceber uma qualidade de vida muito melhor para os povos de África, realizar a defesa da soberania, integrar o território e independência dos estados africanos, eliminar todas as formas de colonialismo da África, dentre outros. Apesar de bem intencionado, a OUA não conseguiu ser eficiente em seus objetivos, soma-se o fato do não contimento dos conflitos que atingiam o continente.
A União Africana é a atual organização internacional existente. Fundada em 2002, substituiu a OUA. É baseado no modelo da União Europeia. Tem atuado na mediação e prevenção de conflitos, defende a democracia no continente, promove o desenvolvimento econômico e rejeita mudanças inconstitucionais de governos. O organismo defende a eliminação do colonialismo e a soberania dos Estados africanos. No âmbito econômico promove a integração regional como forma de desenvolvimento econômico, objetivando completa rede econômica de todos os países. A UA procura sempre usar as línguas existentes do continente em trabalhos divulgados como forma de incentivo cultural. Atualmente 54 países fazem parte da organização.
Apesar de ambos os continentes possuírem seu processo de integração, como dito anteriormente cada um esta em um extremo desenvolvimentista. Europa, continente que começa a se integralizar por questões de conflito interno para ver qual seria a nação mais poderosa com o tempo se firma no cenário socioeconômico, e África, continente vizinho que sempre sofreu por conta do processo exploratório e colonizador, busca amenizar sequelas, já que a maioria será difícil de ser revertida, através da integração entre as nações. Portanto, é sempre bom refletir, existiria uma política mais eficiente para uma integralização humanitária e econômica?
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