segunda-feira, 3 de abril de 2017

Neoliberalismo e Sua Falsa Promessa

Para adentrar neste assunto vale a pena fazer uma reflexão histórica. A partir da década de 70 o sistema de bem estar social começou a perder a sua imponência, de forma que deu início a uma nova fase do capitalismo, que buscava através da menor intervenção estatal, e a quebra de barreiras uma maior equidade entre as diversas nações ao redor do globo efetivando o processo de globalização.

A falsa promessa seria de uma nova relação entre o estado e a economia, na qual o governo teria pouca participação, não controlando os preços, reduzindo os impostos, o que em tese estimularia a abertura de grandes e pequenos negócios, intervindo apenas nas crises econômicas, que é a base do sistema capitalista, de modo alocar os recursos quando as iniciativas privadas não funcionam, como por exemplo na parte da energia elétrica. As fábricas dependem da energia elétrica, se a iniciativa privada não fornece energia suficiente ou de qualidade, caberia ao Estado fornecer e garantir o bom funcionamento dessas fábricas. Com essa intervenção apenas pontual do governo, a economia funcionaria de maneira positiva não apenas para quem produz, mas também para quem consome.

Assim, nas últimas décadas cada vez mais grupos estrangeiros passaram a comprar algumas das antigas empresas estatais brasileiras, como por exemplo a Vale do Rio Doce, vendida em 1997 no governo FHC, por R$ 3,3 bilhões, mas com o valor estimado na época em R$ 92 bilhões. Um principais argumentos a favor das privatizações é que elas favorecem a modernização da infraestrutura Nacional, porém, em algumas empresas que foram privatizadas, como por exemplo a Oi, boa parte da sua infraestrutura é sucateada desde a época da Telebrás, e que hoje amarga uma dívida de aproximadamente 20,2 bilhões.

Primeiramente é possível perceber a forte relação de dependência dos países mais subdesenvolvidos em relação aos desenvolvidos, e essa vinculação sempre existiu, porém com a chegada dessa nova fase, houve a promessa de que essa dependência poderia diminuir, entretanto, a situação apenas se agravou e até hoje se pode ver essa desigualdade em processo de crescimento como demonstra o gráfico:
O dinamismo econômico citado é evidente quando imaginamos como se dá o processo de produção atual. Hoje se pode "escolher" qual a melhor opção de mão de obra, menos taxas e maior mercado consumidor, levando as oportunidades de emprego para fora e "burlando" os direitos trabalhistas alcançados em outras partes do mundo. Assim, cria-se uma situação de pirâmide entre a distribuição de renda pois os serviços começam a ser transferidos para lugares com menor custo/lucro e os mais ricos começam a ter uma diferença destoante do resto da população.

Aqui no Brasil, um país onde sua economia é aberta ao mercado internacional, as grandes empresas e os consumidores brasileiros importam e exportam diversos produtos com inúmeros países e temos a existência de diversas empresas multinacionais dentro do nosso território, o que facilita ainda mais a relação comercial com o exterior. Essa maciça dinâmica econômica gerada pela globalização traz reflexos positivos para o nosso país, porém, como nada é perfeito, surgem também diversos problemas com essa fácil entrada de produtos, que agravam a desigualdade.

Desigualdade essa entrelaçada ao passado, e que infelizmente ainda pagamos a conta. Desde então, passando pelo período colonial até os tempos modernos, enxerga-se a má distribuição de renda como uma consequência. As pessoas, em especial as de baixa renda, estão cada vez mais suscetíveis a não ter uma vida digna. Muitos crescem sem uma estrutura social, temos como exemplo a educação brasileira que sabemos o quão importante é para o desenvolvimento de qualquer país. Neste sentido, o Brasil está entre os países com maior número de analfabetos, além de contar com um grande percentual de crianças sem acesso à escola.

 
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Referências:
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/reflexos-globalizacao-no-mundo.htm
http://oglobo.globo.com/economia/desigualdade-nos-eua-avanca-com-globalizacao-20461335

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